Bolsonaro lidera corrida presidencial com 35% e Haddad tem 22%, diz Datafolha

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Bolsonaro lidera corrida presidencial com 35% e Hadd O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, segue na liderança da corrida presidencial com 35 por cento da preferência do eleitorado, ampliando a vantagem sobre o petista Fernando Haddad, que vem em segundo lugar com 22 por cento, mostrou pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira.

Levantamento anterior do instituto, divulgado na terça-feira, mostrava Bolsonaro com 32 por cento, enquanto Haddad aparecia com 21 por cento.

A pesquisa desta quinta-feira apontou ainda Ciro Gomes (PDT) com 11 por cento, mesmo patamar da terça; Geraldo Alckmin (PSDB) tem 8 por cento, eram 9 por cento há dois dias, e Marina Silva (Rede) soma os mesmos 4 por cento da pesquisa anterior.

João Amoêdo (Novo) aparece com 3 por cento, mesmo patamar da pesquisa de terça, Henrique Meirelles (MDB) e Alvaro Dias (Podemos) também mantiveram o mesmo patamar, de 2 por cento cada. Cabo Daciolo (Patriotas) oscilou 1 ponto para baixo, ficando com 1 por cento.

Brancos e nulos somam 6 por cento, eram 8 por cento na terça, ao passo que o percentual dos que não sabem ou não responderam é de 5 por cento, mesmo patamar de dois dias atrás.

Pelo critério de votos válidos, Bolsonaro soma 39 por cento, contra 38 por cento na terça, enquanto Haddad registra 25 por cento, ante os 24 por cento de dois dias atrás.

Ciro tem 13 por cento dos votos válidos —12 por cento na terça—, Alckmin tem 9 por cento —ante 10 por cento na terça— e Marina soma os mesmos 4 por cento da pesquisa anterior.

Os votos válidos, que excluem os brancos e nulos, são usados pela Justiça Eleitoral na contagem oficial de votos. Para vencer a eleição já no primeiro turno um candidato precisa obter metade mais um dos votos válidos.

SEGUNDO TURNO E REJEIÇÃO

Em uma simulação de segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, o candidato do PSL aparece com 44 por cento, enquanto o petista soma 43 por cento. Na pesquisa de terça, Bolsonaro estava com 44 por cento contra 42 por cento de Haddad.

Bolsonaro perderia, de acordo com o Datafolha, um eventual segundo turno contra Ciro —48 a 42 por cento para o pedetista— e sofreria derrota numérica, mas em empate técnico dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais, para Alckmin —43 a 42 por cento para o tucano.

Alckmin aparece numericamente à frente de Haddad em eventual segundo turno, mas em empate técnico no limite da margem de erro —42 a 38 por cento.

O Datafolha também pesquisou a rejeição dos presidenciáveis e Bolsonaro segue como o mais rejeitado, mantendo o índice de 45 por cento da pesquisa de terça-feira. Haddad se manteve como o segundo mais rejeitado, com 40 por cento, ante 41 por cento na sondagem anterior.

Marina é rejeitada por 28 por cento, ante 30 por cento, enquanto Alckmin manteve a rejeição de 24 por cento registrada na terça. Ciro tem rejeição de 21 por cento, ante 22 por cento na pesquisa anterior.

O Datafolha ouviu 10.930 pessoas entre quarta e esta quinta. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Crédito: Eduardo Simões/Reuters Brasil – disponível na internet 05/10/2018

Em entrevista ao JR, Bolsonaro diz que é o nome para “unir o Brasil”

Bolsonaro prevê estar recuperado já em dezembro
Bolsonaro prevê estar recuperado já em dezembro -Divulgação/RecordTV

“Vocês podem ter certeza que não serei mais um capitão, mas sim um soldado do Brasil a serviço desse povo que merece e tem tudo para ser feliz”, afirmou Bolsonaro, que aparece na liderança da corrida presidencial em todas as pesquisas de intenção de voto.

Atentado

Na primeira entrevista após ter alta médica, Bolsonaro disse só ter tomado conhecimento da gravidade da facada dois dias após o atentado. “Eu não sabia o que estava acontecendo. Eu costumo dizer que Juiz de Fora não foi onde eu levei uma facada. Foi onde eu nasci de novo”, lembra o presidenciável, que agradece aos médicos que o atenderam em Minas

“Foram momentos difíceis, não esperava estar nesta situação, ainda mais que eu sou um homem de combate. Eu gosto de estar na rua, conversando com o povo, desembarcando em aeroportos, fazendo palestras. Eu gosto de ação”, lamenta ele, em seguida.

Bolsonaro ainda destaca que os médicos do hospital Albert Einstein, para onde foi transferido após o atentado, garantem que ele teve uma recuperação “fantástica” e que deve retomar as atividades normais já em dezembro.

Críticas ao PT

O candidato do PSL também disse se sentir “gratificado” por ser uma opção “contra tudo o que vem acontecendo no Brasil nos últimos anos”.

“Não podemos deixar que um partido que mergulhou o pais na mais profunda crise ética, moral e econômica volte ao poder com as mesmas personalidades. E você pode ver, tudo é conduzido de dentro da cadeia pelo senhor Lula, que indica aí um fantoche seu chamado Haddad que por incompetência sequer conseguiu passar para o segundo turno na sua eleição em São Paulo”, afirma Bolsonaro.

Em outro momento da entrevista, Bolsonaro garante que, se eleito, vai escolher um time de ministros sem utilizar das indicações políticas. “Qual partido assaltou a Petrobras? Qual partido esteve envolvido com empreiteiras? São partidos que tiveram seus ministérios negociados pelo governo.”

Ainda em tom de crítica aos governos petistas, Bolsonaro afirma querer “resgatar a credibilidade do Brasil” ao redor do mundo. “O Brasil que sempre teve muita credibilidade aí fora pela alegria do seu povo, tudo o que é bom temos aqui e tudo isso foi jogado no lixo ao longo dos últimos 13 anos”, reforça ele.

Sobre a possibilidade de avançar para o segundo turno contra Fernando Haddad (PT), Bolsonaro avalia que “será o fim da nossa pátria” se o adversário chegar ao poder, mas garante que vai respeitar o resultado das eleições.

Fim do 13º salário

Ao comentar as críticas que tem recebido pela declaração de Coronel Mourão, candidato a vice-presidente em sua chapa, sobre o 13º salário, Bolsonaro esclareceu que nunca foi mencionado em acabar com a remuneração extra.

“Aproveitaram uma palavra errada dele para falar que nós queremos acabar como 13º salário”, disse ele, que completa: “O PT usa pequenos detalhes para dizer que eles são somente que estão preocupados com os trabalhadores e não os demais.”

Fakenews

Questionado sobre a divulgação de notícias falsas, Bolsonaro garantiu que alimenta suas redes sociais com verdades e disse combater mentiras espalhadas pelos adversários: “É duro você combater porque eles vão com seus militantes em todos os locais praticamente pregando isso aí.”

Sobre a possibilidades da criação das fakenews por parte dos eleitores, ele lamenta não ter controle das postagens. “Quando um seguidor meu acaba extrapolando a culpa cai em cima de mim. Como se eu fosse um capitão e tivesse uma tropa a meu comando para cumprir exatamente aquilo que eu quero”, avalia.

“Ele não”

Ao comentar a respeito do movimento “Ele não”, que levou milhões de pessoas às ruas contra a candidatura dele, Bolsonaro respondeu que o movimento foi encabeçado por “artistas que há muito vem mamando na lei Rouanet”.

Perguntado sobre o motivo de ele ter crescido nas pesquisas de intenção de voto após as manifestações, o candidato afirma que os eleitores observaram quem o estava atacando. “Será que eu sou tão mal assim? Eu quero o mal de todo mundo? Eu quero o mal de negros, mulheres, nordestinos, de quem recebe o Bolsa Família? Não é verdade”, garante.

Delação Palocci

Ao falar sobre a delação de Antonio Palocci, Bolsonaro parabeniza o ex-ministro dos governos petistas e diz que ele conhecia “todas as entranhas do poder”. “Não tem como ele não fugir da verdade”, afirma.

O presidenciável ainda observa que a colaboração de Palocci confirma que “a corrupção está colada no PT”, mostra que a sigla “traiu os trabalhadores” porque tinha “um projeto de poder”.

Crédito: Alexandre Garcia, do R7 – disponível na internet 05/10/2018

Ausente, líder nas pesquisas Bolsonaro é alvo preferencial em último debate antes do 1º turno

Candidatos à Presidência da República tiveram como alvo preferencial o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no debate da TV Globo, na noite de quinta-feira, e reforçaram apelos aos eleitores pelos votos útil e de convicção.

Marina Silva, candidata pela Rede, foi a primeira a desferir uma alfinetada direcionada a Bolsonaro. A presidenciável chegou a dizer, no momento em que os concorrentes faziam perguntas sobre tema livre entre si, que teria uma questão para o candidato do PSL, mas não seria possível fazê-la porque ele “amarelou”.

“Eu ia fazer essa pergunta também para o candidato Bolsonaro, que mais uma vez amarelou, deu uma entrevista na Record e não está aqui debatendo conosco”, disse Marina, antes de questionar Fernando Haddad (PT) sobre os índices de rejeição que ele e o candidato do PSL acumulam.

Depois, foi a vez de Ciro Gomes (PDT) questionar a ausência do primeiro colocado nas pesquisas, e sua entrevista à emissora concorrente.

“Meirelles, eu gostaria de fazer essa pergunta que vou lhe fazer ao candidato Bolsonaro”, disse Ciro, no momento em que fazia uma pergunta ao candidato do MDB, Henrique Meirelles.

“Ele hoje está de alta, deu entrevista longa, muito maior do que estamos conversando aqui… e fugiu. Você acha correto que um homem que quer ser presidente do Brasil não se submeta ao debate?”, questionou.

Meirelles aproveitou a deixa, e respondeu que não, que o adversário do PSL estava fugindo do debate e de seu compromisso com a população.

“Não é meramente um debate, é a questão de estar aqui sujeito a críticas, sujeito a discordâncias, muitas vezes até ofensas ou coisas injustas ou falsas, mas cada um de nós está aqui enfrentando isso com seriedade e com respeito ao eleitor.”

Bolsonaro decidiu, após orientação médica, não comparecer ao debate, o último antes do primeiro turno das eleições. O presidenciável sofreu atentado a faca no início de setembro, passou por duas cirurgias e um período internado.

A recomendação de seus cirurgiões não o impediu, no entanto, de conceder entrevista à TV Record, exibida no mesmo horário do debate, além de duas entrevistas mais cedo a rádios nordestinas e ainda uma transmissão ao vivo pelo Facebook, atividade que vem cumprindo assiduamente desde segunda-feira.

O candidato pelo PSOL, Guilherme Boulos, também fez uma crítica indireta a Bolsonaro quando aproveitou uma oportunidade para alertar para o perigo de uma nova ditadura no país.

“Não dá para a gente fingir que está tudo bem, há meses estamos fazendo uma campanha que está marcada pelo ódio. Faz 30 anos que esse país saiu de uma ditadura. Muita gente morreu, muita gente foi torturada. Tem mãe que não conseguiu enterrar seu filho até hoje”, disse o presidenciável.

“Faz 30 anos, mas acho que a gente nunca esteve tão perto disso que aconteceu naquele momento… Sempre começa assim, arma, tudo se resolve na porrada, dizer que a vida do ser humano não vale nada. Temos que dar um grito, botar a bola no chão e dizer ‘ ditadura nunca mais’.”

ALTERNATIVA

Por fora das críticas ao primeiro colocado nas pesquisas, houve ainda uma tentativa, entre os candidatos, de se colocarem como uma opção viável e alternativa ao quadro de disputa polarizada que se desenha apontando um segundo turno entre Bolsonaro e Haddad.

“Há quatro anos o nosso país está parado, paralisado por uma crise política assentada no ódio, no desfazimento de um pelo outro. E agora esse filme parece que está querendo se repetir”, disse Ciro, citando as pesquisas em que figura numericamente como terceiro colocado e pedindo o voto do telespectador.

“Aprofundar essa divisão simplesmente não permitirá o Brasil se reconciliar… ganho do Haddad e do Bolsonaro no segundo turno, mas preciso do seu voto no primeiro turno.”

Na mesma linha, Alckmin disse não acreditar que o PT ou o candidato do PSL sejam capazes de tirar o país da crise e promover as reformas que considera essenciais para uma retomada do crescimento e da geração de empregos.

Em uma pergunta sobre o custo Brasil, após citar medidas que considerava importantes, como o combate à burocracia, acrescentou que para reduzi-lo seria necessário “não eleger nem o PT e nem o Bolsonaro, porque nenhum dos dois vai resolver a crise, podem é agravar a crise, isso sim”.

“Já tivemos a experiência do PT e vimos o resultado”, disse Alckmin. “O caminho também não é o radical de direita, que não tem a menor sensibilidade.”

Marina bateu na mesma tecla e afirmou que não haverá condições de governar o país se a atual polarização for mantida.

“A permanecer essa guerra em que alguns está votando por medo do Bolsonaro, e outros estão votando por medo do Haddad, ou estão votando porque têm raiva de um ou de outro, o Brasil vai ficar quatro anos vivendo uma situação de completa instabilidade econômica, política e social”, disse.

Pesquisa Datafolha divulgada na noite da quinta-feira apontou que Bolsonaro ampliou a vantagem na liderança da corrida presidencial. O candidato do PSL passou a 35 por cento, seguido por Haddad, com 22 por cento.

Numericamente em terceiro lugar vem Ciro, com 11 por cento, seguido de Alckmin, com 8 por cento, e Marina, com 4 por cento.

ZONA DE CONFORTO

Também alvo de ataques dos adversários, principalmente relacionadas à corrupção, Haddad, quando pôde, preferiu não se arriscar muito e evitar qualquer desgaste político.

O debate promovido pela TV Globo permitia que os candidatos escolhessem a quem dirigir suas perguntas —nas quatro oportunidades que teve, Haddad escolheu Ciro e Boulos, integrantes do mesmo campo político que o petista.

Ainda que não tenha iniciado sua primeira fala no debate com a tradicional lembrança de que representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, impedido de disputar o Planalto pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa, Haddad fez uma defesa veemente do tutor e de sua gestão quando provocado.

O primeiro a provocar uma reação do petista foi Alvaro Dias (Podemos), que em duas ocasiões afirmou ter uma carta a ser entregue a Lula, preso em Curitiba após condenação no caso do triplex no Guarujá, que seria o verdadeiro candidato do PT. Haddad pediu “compostura” e o alertou que fazia “brincadeira com coisa muito séria”.

Mais adiante, em embate com Marina, Haddad reafirmou posição de que Lula é um preso político e disse representar um projeto que deu certo. Questionado pela candidata da Rede, lembrou que está em campanha há apenas 20 dias. Instado pela ex-senadora a fazer uma auto-crítica, disse já ter reconhecido “erros” e a necessidade de “ajustes”.

“Mas eu não vou jogar a criança com a água do banho, eu sei o que foram os 12 anos do governo do PT”, defendendo os governos do partido.

Apesar da defesa de Lula, Haddad aproveitou o debate ocorrido a menos de 60 horas do início da votação para tentar mostrar mais de si para o eleitor, Disse viver do salário de professor, ser neto de um líder religioso e filho de um agricultor familiar.

Crédito: Maria Carolina Marcello/Reuters Brasil – disponível na internet 05/10/2018

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